sábado, 4 de setembro de 2010

Os Benefícios do Treinamento Resistido para o Idoso


A expectativa de vida está aumentando a cada década, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em meados de 2030 a população edosa brasileira será considerada a sexta no mundo. Isso se deve a alguns fatores, como a disseminação de conhecimentos nas áreas da saúde sobre os benefícios da atividade física e nutrição saudável, e aos avanços tecnológicos na área médica, proporcionando procedimentos médicos e diagnósticos mais precisos, auxiliando no diagnóstico precoce e tratamento de diversas patologias, esses conhecimentos inegavelmente melhoraram a qualidade de vida da população.

Atualmente observa-se em nosso país, este significativo e gradativo aumento da população idosa, a qual está cada vez mais preocupada com sua qualidade de vida, e assim, adete a programas de atividade física com o instuito de melhorar sua saúde e autonomia para a realização das tarefas cotidianas, o que previne faturas complicações no aparelho locomotor, sistemas, neurológico e cardiorrespiratório e doenças crônico-degenerativas.

Envelhecer sem preocupar-se com medidas de promoção de saúde é, na maioria das vezes, enfrentar um conjunto de mudanças progressivas na dinâmica do aparelho locomotor, como diminuição da força muscular, perda na capacidade coordenativa e de equilíbrio, e declíneo da flexibilidade e da resistência, limitando o indivíduo idoso na realização de suas atividades diárias e aumentando a chance de quedas que são um dos riscos mais perigosos da rotina dos idosos.

A adoção de um estilo de vida sedentário, acaba por acentuar essas perdas, aumentando o deterioramento de unidades motoras, diminuindo o tônus muscular e por conseguinte a tensão na cortical óssea que leva a uma redução da densidade mineral óssea, resultando em osteopenia, osteoporose, bem como sarcopenia e atrofia muscular. A perda da massa muscular é reponsável pela diminuição do nível metabólico basal e da força muscular, outros agravos do sedentarismo também são conhecidos como a diminuição da capacidade cardiorrespiratória, aumentando do tecido adiposo, e menor eficiência do sistemas imunológico, estes fatores ocasionam redução da capacidade funcional do organismo.

Dessa maneira, a prática regular de atividades físicas é de estrema importância para os idosos, minimisando assim os efeitos do envelhecimento.

A prática da musculação (treinamento resistido), proporciona benefícios fisiológicos e funcionais ao organismo, aumenta a sensibilidade celular em relação à insulina facilitando o metabolismo dos carboidratos, diminui a freqüência cardíaca de repouso, a pressão arterial em repouso, melhora a relação do colesterol HDL/LDL, promove o aumento da força muscular, coordenação, flexibilidade, velocidade e equilibrio.

Estudos demonstraram que indivíduos idosos praticantes de musculação, treinados com uma freqüência de 2 a 3 vezes por semana, executando 3 séries de 6 a 12 repetições com cargas entre 60 a 75% de uma repetição máxima, desfrutaram de uma melhoria na qualidade de vida e bem estar geral, aumentando a autonomia nos processos diários.

Desse modo, a musculação é uma ótima opção de exercício físico para os idosos, cabe ao profissional de educação física realizar uma anamnese correta do indivíduo e orientar a execução dos exercícios, desenvolvendo um programa de treinamento seguro e agradável ao praticante, promovendo todos estes benefícios e reduzindo os malefícios causados pela inatividade.


Autor: Marcos Alexandre Lameira
Acadêmico de Educação Física UNIJUÍ - Campus Santa Rosa






Revisão:
Paulo Muzy - Médico pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo - Unifesp
Fisiologista do Exercício pelo Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício da Unifesp
Especialista em Biomecânica do Exercício pelo CEGON IOT / USP
Treinamento Desportivo pela Escola Paulista de Medicina - Unifesp
Ortopedista e Traumatologista pela Escola Paulista de Medicina - Unifesp