quarta-feira, 15 de julho de 2009

Atributos necessários aos Goleiros





Atributos necessários aos Goleiros
O trabalho nos treinos e muita conversa entre o comandante e o comandado pode ser a solução para resolver esse problema. O poder exercido pela voz de comando, através da orientação do goleiro, vem exercer um papel importante na motivação da equipe. A comunicação do goleiro deve ser de maneira racional, motivadora e de orientação técnica. Sua orientação técnica pode alertar um marcador mais desatento, chamar jogadas preparadas para uma determinada situação ou até a mudança tática de algum posicionamento errado de um atleta. Muitos resultados foram ou serão decididos pelo simples fato de uma orientação bem executada na hora certa. Uma comunicação afinada entre o goleiro, seu

Atributos necessários aos Goleiros
Segundo CARLESSO alguns parâmetros próprios de cada goleiro devem ser sempre abordados:

* Peso proporcional:
Seu peso tem que ser proporcional a sua altura. Não poderá ser muito magro porque, terá que suportar atacantes hábeis e fortes sobre sua meta. O gordinho também tem suas desvantagens. Ele perde um pouco de sua agilidade tão usada pelos goleiros.

* Estatura:
O “baixinho” dia-a-dia perde a condição para a posição. Só leva desvantagem. Acima de 1,85m. Existem muitos goleiros com mais de 1,90m, quanto mais alto mais cuidados teremos com sua flexibilidade e velocidade.

* Presença:
O goleiro que não tem presença de espírito não se impõe ao adversário e tão pouco dá confiança à sua equipe. Presença pela apresentação de seu uniforme, suas atitudes, seus gestos, seu comando.

* Saber saltar:
É fundamental para todo goleiro saber saltar.
O goleiro tem que ser treinado para saltar tanto para um lado como para o outro. A coordenação do salto é fundamental.

* Saber cair:
Antes ensinar a não cair.
Se o ensinarmos a saltar teremos que ensiná-lo a cair. Vamos buscar no judô esta técnica.

* Habilidade:
Vamos buscar no basquete a habilidade.
Há necessidade do goleiro dominar a bola em toda e qualquer situação, de fazer com a mão esquerda o que faz com a direita. Habilidade também com os pés direito e esquerdo.

* Treinamento:
Repetições sistemáticas de gestos específicos.
Grande número de repetições em velocidade até chegarmos ao automatismo dos gestos. Quando se treina velocidade e flexibilidade desenvolve-se também a agilidade. É fundamental para todo atleta e mais importante ainda para um goleiro.

* Firmeza:
Ter firmeza em tudo o que faz e ter certeza naquilo que poderá fazer, no decorrer de uma partida. Firmeza também é o mandamento número 1 do goleiro, sempre que possível pegar a bola firmemente.

* Valentia:
O goleiro necessita de valentia, em todas as situações perigosas.
O goleiro que tem medo de jogar-se aos pés de um dianteiro é um goleiro de valor muito limitado.

* Tranqüilidade:
A tranqüilidade aumenta grandemente a capacidade do goleiro. O goleiro nervoso contagia a todos os demais companheiros. Ele tem que saber que é o último jogador da defesa e qualquer falha dificilmente poderá ser corrigida.
Tem muito valor psicológico que o goleiro mantenha uma tranqüilidade mental, física e técnica em todas as situações. Esta calma inspira confiança nos demais jogadores.

* Decisão:
Decisão representa 50 por cento da defesa.
Uma boa técnica defensiva sem decisão não existe. O indeciso normalmente acaba tomando o gol. É preferível errar, tomando uma decisão, do que ficar indeciso.

* Capacidade de atenção múltipla:
A posição do goleiro requer uma capacidade de atenção múltipla. Ele deve estar atento quando a bola se encontra distante de sua meta. E mais atento ainda, quando se encontra nas imediações de sua área. Tem que observar a movimentação dos atacantes, seus próprios companheiros de equipe, e com maior atenção ainda na bola.
A atenção é essencial para desenvolver o sentido de ritmo. Se o goleiro observar, tanto à distância e posição do adversário, como a direção e velocidade da bola, então poderá calculara em frações de segundos as possibilidades de uma intervenção segura e precisa.
A atenção possibilitará em muito os movimentos para a antecipação e precisão de jogadas. Um bom goleiro faz deduções do movimento do adversário, quase que lê seus pensamentos. Sabe de antemão o que se pode suceder em uma situação dada e se prepara para tal eventualidade. Há goleiros que parecem atrair para si todas as bolas.
Este tipo de goleiro dispõe de capacidades de antecipação à jogada e aproveita estupendamente esta qualidade.
Quantos gols por falta de atenção do goleiro.
O goleiro tem que estar atento a bola durante os 90 minutos.
Se não estiver atento, o “montinho artilheiro” estará.
É a vala de determinados campos que poderá trazer sérios dissabores.
Ele tem que estar atento também nos seus próprios companheiros que de vez em quando chutam contra a sua meta.

* Golpe de vista:
Muito bom quando tudo vai bem, mas por motivo de segurança é melhor conferir.

* Visão:
É uma das grandes vantagens do goleiro. Uma maior visão do campo. Estar sempre de frente para a jogada, se aproveitar dessa vantagem principalmente para as saídas de contra-ataque.

* Observador:
Observar antes, durante e após um jogo.
Antes: Quais os atacantes que terá pela frente? Quem chuta bem? Com que pé? Se cabeceia?
Durante: Quem está bem, quem está mal, por onde sair jogando.
Depois: Tudo que se passou, analisar e tirar proveito.

* Confiança:
Ter confiança em si, proporcionar e transmitir confiança aos seus companheiros de equipe. As falhas de um dianteiro não são fatais para a vitória de uma equipe. O jogador de defesa, quanto mais perto do seu gol, tanto mais grave será a conseqüência de sua falha proporcionalmente aumenta sua responsabilidade para o conjunto. Uma falha do goleiro pode aquebrantar o seu ânimo, minar sua confiança. Se for um goleiro que possua uma grande força de vontade e confiança em si, supera facilmente esta situação.
O trabalho do goleiro e diferente das demais jogadores. Os problemas complexos, as situações especiais e perigosas fazem com que exija do goleiro qualidades bem diferentes daquelas que se exigem dos outros jogadores.
Mesmo no momento que se sentir emocionalmente envolvido e pressionado, jamais poderá desanimar, deverá acreditar sempre, nas suas possibilidades, procurando manter a autoconfiança e com o pensamento positivo, tentar a todo custo, reverter o quadro que se lhe afigura como difícil.
O goleiro pode nascer com qualidades físicas e psicológicas para esse encargo, contudo, só o treinamento pode torná-lo um atleta de alta performance.

Referências bibliográficas

CARLESSO, Raul. Manual de Treinamento do Goleiro. RJ. Palestra Edições. 1981

MAIER, Sepp. Aprenda com o maior goleiro do mundo. RJ. Tecnoprint. 1981

VIANA, Adalberto. Treinamento do Goleiro de futebol. Viçosa Imprensa Universitária. 1995.

Goleiros - Heróis e Anti - Heróis da camisa 1. Do jornalista Paulo Guilherme.

DOMINGUES, Almir. Goleiros 100 segredos. Editora Verbo.
FONSECA, Gerard. Futsal – Treinamento de Goleiros. Sprint.


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Eduardo Guilherme Kappaun – Professor/treinador de voleibol do Colégio Cristo Rei e Preparador de Goleiros da equipe de Horizontina representante na Liga Noroeste de Futsal 2009.



COLÉGIO CRISTO REI - Liga Noroeste de Voleibol


Foi realizado no dia 10/07/09 o torneio da Liga Noroeste de Voleibol Infanto-juvenil Feminino na cidade de Santa Rosa, onde o Colégio Cristo Rei obteve a segunda colocação com a equipe formada pelas atletas: Bruna Henn, Carine Chzuchman, Joana Fitz, Mayla Wesling, Milena Pacheco, Bruna Freder, Franciele Weiss, Luana Gross, Paula Henn, Pricila Arenhardt, Carol Hermel, treinadas pelo professor Eduardo G. Kappaun.
Participaram desta competição as seguintes equipes: Colégio Cristo Rei, Centro Tecnológico Frederico Jorge Logemann, Santíssima, CEAP, CEP, Dom Bosco,
Parabéns às atletas pelo excelente desempenho!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Bola com chip para evitar lances duvidosos é lançada em São Paulo

Bola com chip para evitar lances duvidosos é lançada em São Paulo.

Time do São Bernardo testa a novidade que, como lembrou o presidente da CBV, não irá substituir os árbitros auxiliares.
Chip permitirá saber com precisão se a bola foi dentro ou fora da quadra
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) lançou, nesta quinta-feira, a bola com chip, para auxiliar os árbitros nas marcações e esclarecer jogadas duvidosas. A novidade, apresentada no ginásio José Côrrea, em Barueri, foi testada pelo time do São Bernardo, quarto colocado da última Superliga. A nova tecnologia permitirá saber, com precisão, se as bolas caíram dentro ou fora da quadra, além da velocidade no momento dos ataques. O sistema funciona de maneira integrada. Para o funcionamento do aparelho é necessária a instalação de antenas, câmeras e do tapete oficial da quadra de vôlei. Assim, a informação chega ao palm top, em poder do árbitro do jogo.
- Mais uma vez, o voleibol brasileiro está à frente dos demais países. Esta inovação pioneira com certeza será benéfica para o esporte como um todo. Só temos a ganhar com esta nova tecnologia. Nossa ideia é levar projeto para ser avaliado pela Federação Internacional. Mas, como presidente da Confederação Sul-Americana e da União Pan-Americana, dou a certeza de que ele poderá ser utilizado nos torneios nas Américas - destacou Ary Graça, presidente da CBV, por intermédio de sua assessoria de imprensa. O dirigente lembrou que o sistema não substituirá os árbitros auxiliares, que continuarão em quadra para marcarem outras infrações que possam interferir diretamente no jogo.

domingo, 26 de abril de 2009

País comemora dia 26 de abril, o Dia do Goleiro, criado há 30 anos para homenagear aqueles que desafiam a lógica dos gramados e quadras.



País comemora dia 26 de abril, o Dia do Goleiro, criado há 30 anos para homenagear aqueles que desafiam a lógica dos gramados e quadras.

Eles passam o ano todo sendo desafiados pelos atacantes, xingados pelos torcedores, chamados de ‘frangueiros’, ‘braço curto’, ‘mão de pau’ e outras atribuições depreciativas. Mas o que seria do futebol - futsal se não fossem os goleiros? Idolatrados a cada defesa e execrados a cada falha, os donos da camisa 1 – considerados os anti-heróis do futebol - futsal por estar em atuação para impedir o torcedor de ver o que mais gosta, o gol – vão poder, pelo menos por um dia, ser tratados como reis. Foi nesse domingo, dia 26 de abril, o Brasil comemora o Dia do Goleiro.
A idéia de se criar o Dia do Goleiro na década de 70 foi do tenente Raul Carlesso e do capitão Reginaldo Pontes Bielinski, professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, e o jornalista Paulo Guilherme, autor do livro Goleiros – Heróis e anti-heróis da camisa 1. Carlesso foi um dos precursores do trabalho de preparação de goleiros no Brasil. O tema entrou na pauta da Seleção Brasileira na preparação para a Copa do Mundo de 1970, quando o preparador físico Admildo Chirol levou para a concentração fotos e filmes de treinamentos de goleiros da Alemanha e da Iugoslávia.
Nos anos seguintes, Carlesso desenvolveu um método de fundamentos que ajudou na formação de diversos arqueiros brasileiros e foi o primeiro preparador de goleiros a ser inserido na Comissão Técnica da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, no Mundial da Alemanha de 1974. “Diante do sucesso do método e da evolução dos goleiros no Brasil decidimos criar o Dia do Goleiro para homenagear todos os atletas dessa posição”, conta Bielinski, que desenvolveu vários estudos com Carlesso.
Uma festa reunindo goleiros, ex-goleiros e pessoas ligadas ao futebol, no Rio, celebrou o primeiro Dia do Goleiro, em 14 de abril de 1975. Mas, a partir de 1976, definiu-se como o dia “oficial” a data de 26 de abril, em uma homenagem ao goleiro Manga, que na época era o campeão brasileiro pelo Internacional.
“Nos anos 70, o goleiro brasileiro era pouco respeitado tanto lá fora quanto aqui mesmo no Brasil”, afirma Paulo Guilherme. “Hoje, três décadas depois, os goleiros celebram uma nova era, conquistando espaço em grandes clubes da Europa, arrastando milhares de fãs para os estádios e lançando moda nos uniformes".
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Eduardo Guilherme Kappaun – Professor Colégio Cristo Rei e Preparador de Goleiros da equipe de Horizontina representante na Liga Noroeste de Futsal 2009.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

RECREAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Eduardo Guilherme Kappaun¹
Acadêmico da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Resumo
Nesse artigo buscaremos mostrar o quanto o brincar é importante para a criança e o quanto é mais rentável para educadores o ensinar brincando, pois é essencial para nós o trabalho de resgatar as brincadeiras e os jogos tradicionais; também poderemos observar as reações do aluno ao experimentar uma brincadeira nova ou representar seu papel de construtor ao construir um brinquedo ou uma brincadeira nova.

Palavras Chaves: recreação, educar através das brincadeiras, educação infantil.

1. INTRODUÇÃO
O ato de brincar envolve emoções, tensões, dificuldade, desafios. Friedmann defende, com pesquisa contextualizada, a necessidade de resgatar o jogo no currículo escolar. Resgatar, que significa recuperar, reencontrar, salvar, tende a ser o maior desafio dos educadores atualmente. O resgate da sensibilidade humana, da interação e da preocupação com o outro, da relação familiar e entre seus pares, do conhecimento contextualizado, da implementação do jogo com caráter recreativo tem que fazer presente nas escolas de Educação Infantil e, também, no Ensino Fundamental.
Acreditamos que uma criança que não anda de bicicleta na rua, que não rala o joelho, que não brinca de esconde-esconde, que nunca pegou uma boneca, que não sabe jogar peteca, não é criança. A escola tem de se preocupar com a aprendizagem, mas o prazer tem de ser maior, cabendo ao professor a imensa responsabilidade de aliar as duas coisas. Salientamos, pois, a necessidade de termos profissionais bem formados e conscientes de seu trabalho. Enquanto brincamos, deixamos aflorar nosso lado mais sensível, nossa profunda paz de espírito e, sem perceber, fazemos uma terapia grupal. Brincar é estar livre. Observar uma criança brincando permite que os adultos, alguns arrogantes por natureza, tentem entender o que se passa em sua cabecinha e assim talvez, compreender melhor o seu mundo e suas necessidades.

2. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
"A brincadeira e o jogo são para a criança um fim em si mesmo, devem ser para nós um meio de educar, de onde seu nome jogo educativo que toma cada vez mais lugar na linguagem da pedagogia maternal".
Sabemos que a palavra lúdica vem do latim ludus e significa brincar e é neste brincar que estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras e divertimentos que se usados de maneira correta e indutiva pelo educador poderá exercer a função de educar e oportunizar a aprendizagem do educando, seu saber, seu conhecimento desenvolve a sua compreensão de mundo, independente de época, cultura e classe social.
Toda criança tem o direito de brincar, pois brincar é fundamental para o seu próprio desenvolvimento físico, psíquico e social. Muitas crianças em tenra idade são solicitadas ao trabalho e perdem, por isso, a oportunidade de se relacionarem com outras crianças e de se socializarem em grupos. Os pais, por estarem sempre concentrados em suas ocupações e tarefas que às vezes se deixam levar por seus atributos e esquecem a importância da brincadeira com que um dia também foram crianças. Cabe então a nós professores desempenhar este papel, procurando recursos com criatividade para então dar início ao processo de socialização e convivênciada criança com outros colegas ou grupos,o professor então deverá saber orientá-los e integrá-los através da comunicação e brincadeiras e sobretudo desenvolver e aplicar a integração e o respeito com os colegas, trazendo melhor qualidade de vida, saúde e bem estar. A melhor forma de conduzir a criança à atividade, auto-expressão e à socialização seria por meio dos jogos. Essa teoria realmente determinou os jogos como fatores decisivos na educação para as crianças.
As crianças nos jogos participavam de empreendimentos técnicos e mágicos. O corpo e o meio, a infância e a cultura adulta faziam parte de um só mundo. Os jogos caracterizam a própria cultura, a cultura era a educação e a educação representava a sobrevivência.
Para Piaget, os jogos tornaram-se mais significativos à medida que a criança desenvolve, pois a partir da livre manipulação de matérias variadas, ela passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação, que lhe deve ser realizada pela infância, consiste numa síntese progressiva da assimilação com acomodação. É por isso que, pela própria evolução interna, os jogos das crianças se transformam pouco a pouco em construções adaptadas, exigindo sempre mais do trabalho afetivo, a ponto de nas classes elementares de uma escola ativa, todas as transições espontâneas ocorrem entre o jogo e o trabalho. Conclui: "que em educação das crianças exigem que se forneça a criança um material conveniente, a fim de que, jogando chegue a assimilar às realidades intelectuais que sem isso permanecem exteriores a inteligência infantil".
Para ele, sendo o homem o sujeito de sua própria história, toda ação educativa deverá promover o indivíduo sua relação com o mundo por meio da consciência crítica, da libertação e de sua ação concreta com o objetivo de transformá-lo. Assim ninguém se atirara a uma atividade eminentemente séria, penosa, transformadora (visão de uma realidade futura feliz) se não tiver, no presente, a alegria real, ou seja, o mínimo de prazer, satisfação e predisposição para isso.
A ação de buscar e de apropriar-se dos conhecimentos para transformar exige dos estudantes esforço, participação, indagação, criação, reflexão, socialização com prazer, relações essas que constituem a essência psicológica da educação lúdica, que se opõe a concepção política ingênua, a passividade, ao espontaneísmo, à jocosidade, à alienação, a submissão, condicionantes da pedagogia dominadora e neutralizantes.
A educação lúdica esteve presente em todas as épocas, povos, contextos de inúmeros pesquisadores, formando hoje, uma vasta rede de conhecimentos não só no campo da educação, da psicologia, fisiologia, como nas demais áreas do conhecimento.
A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais, passivas técnicas para as relações reflexivas criadoras, inteligentes, socializadoras, fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço sem perder o caráter de prazer e de satisfação individual e modificador da sociedade.
Segundo Makarenko, "o jogo é tão importante na vida da criança como é o trabalho para o adulto" daí o fato de a educação do futuro cidadão se desenvolver antes de tudo no jogo, não se pode fazer uma obra educativa sem se propor um fim, um fim claro, bem definido, um conhecimento do tipo de homem que se deseja formar. E neste sentido que o modelo pedagógico mantém uma relação direta com o presente vivido. A coletividade infantil recusa absolutamente viver uma vida preparatória.
E ao resgatarmos as funções do lúdico na formação do educador e do educando estamos retomando a história e a evolução do homem na sociedade, pois cada época e cada cultura tem uma visão diferente de mundo, pois a criança não tinha a existência de hoje ela era considerada miniatura do adulto ou quase adulto,os jogos e brinquedos,embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início também não tinha a conotação que tem hoje,eram vistos como fúteis e tinha como objetivo a distração e o recreio sendo assim dentre as contribuições mais importantes deste estudo podemos destacar que:
·As atividades lúdicas possibilitam exercitar as resistências ''pois permitem a formação do auto conceito positivo;
·As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente.
·O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
·O brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
·O jogo é essencial para a saúde física e mental.
·O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a meditação entre o real e o imaginário.
3. A CRIANÇA, A EDUCAÇÃO E O BRINQUEDO.
Considerando o brinquedo e a realidade da criança relativa a intenção dos adultos, devemos lembrar que o brinquedo tornou-se, hoje um objeto de consumo, numa sociedade que propõe qualquer objeto para ser consumido como brinquedo.
Esse objeto se transforma em "falso jogo" e traz a superfície à oposição entre o jogo e o trabalho, o objetivo lúdico (brinquedo) comprado tem como destino satisfazer a necessidade imediata (tão logo preenchidas essas necessidades, vai-se em busca de outra nova necessidade).
Por isso, supervaloriza a produção e acrescenta – se a publicidade, a qual tirando proveito da confusão entre o real e o imaginário, exibe sedutoramente o absoluto da satisfação, futura, para que aí se introduza o germe da decepção.
Satisfeita com o brinquedo, a criança não joga mais, não explora, não cria nem representa concretamente seu pensamento.
E de fato compreender que o conteúdo do brinquedo não determina a brincadeira da criança, ao contrário o ato de brincar (jogar, participar) é que revela o conteúdo do brinquedo.
A criança ao puxar qualquer coisa torna-se cavalo; ao brincar com areia torna se pedreiro; ao se esconder torna-se guarda, nada é mais interessante para a criança que associar os materiais heterogênicos: pedras, bolinhas, papéis, madeiras, todos eles têm significado para ela. Um simples pedacinho de madeira, uma pilha ou uma pedrinha um papelzinho em sua solidez, no monolitismo de sua matéria, reúnem uma exuberância das mais diversas figuras.
O brinquedo faz parte da criança, simboliza a relação, pensamento ação, e, sob esse ponto constitui provavelmente, a matriz de toda a atividade lingüística, a tornar possível o uso da fala, do pensamento e a imaginação.
O primeiro brinquedo utilizado pela criança é seu próprio corpo, que começa a ser explorado nos primeiros meses de vida; em seguida ela passa objetos do meio que produzem estimulações auditivas ou sinestésicas. A partir daí o brinquedo estará sempre na vida da criança, do adolescente e mesmo do adulto.
O mundo do brinquedo é um mundo composto, que representa o apego, à imitação, a representação e não aparece simplesmente como uma exigência indevida, mas faz parte da vontade de crescer e se desenvolver, ao brincar com bonecas ou utensílios domésticos em miniatura, uma criança exercita a manipulação dos objetos, compondo-os e recompondo-os, designando-lhes um espaço e uma função, dramatizando suas próprias relações o eventualmente seus conflitos, gritos com as bonecas, usando as mesmas palavras da mãe, para descarregar sentimentos de culpa; acaricia e afaga-as para exprimir suas necessidades de afeto, pode escolher uma delas para amar ou odiar de modo especial, caso a boneca lembre o irmãozinho amado, ou do qual tem ciúme.
Os brinquedos terão sentido profundo se vierem representados pelo brincar. Por isso a criança não cansa de pedir aos adultos que brinquem com elas, estes, quando brincam com as crianças, tem a vantagem de dispor de uma experiência mais vasta mais rica, podendo ir mais longe com a imaginação, aumentando com isso seu coeficiente, não só de informações intelectuais, mais de nível lingüístico, por exemplo, quando brinca de construção o adulto sabe calcular melhor as proporções e equilíbrio.
Possui um repertório mais rico do ponto de vista lingüístico, e por isso ganha em organização, direção e abre novos horizontes.



4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Crianças que brincam evoluem do campo do concreto para o do simbólico, e as que não vivem esse imaginário sofrerão conseqüências em seu desenvolvimento educacional nos sentidos afetivo e cognitivo. O brincar oferece uma base de tentativas para seguirmos avante e estimula a satisfação dos impulsos. Por meio do brincar e das gratificações afetivas que acompanham essa atitude, a criança dá vazão à vontade de descobrir. Assim sendo, pais e professores podem constituir-se em modelos eficazes para encorajar a atividade lúdica entre as crianças, sobretudo na Educação Infantil.

5. REFERÊNCIAS


ALMEIDA, Paulo Nunes, O ensino globalizante em dinâmica de grupo, Saraiva, SP 1973.

SCHMIDT, Maria Junqueira, Educar pela recreação / Rio de Janeiro: Agir, 1958. - 290 p.

UECKER, Ivana, A importância da recreação nas series iniciais / Ijuí, 1999. - 48 p.

ARROYO, Miguel Gonzalez. O significado da Infância. In Revista: A Educação Infantil nos Municípios: a perspectiva educacional. Belo Horizonte, MG. 1996.

_______, Maria Malta; ROSEMBERG, Fúlvia. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças, Brasil, DF MEC/SEF/COEDI, 1995.

VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: ed. Martins Fontes, 1984.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Dupla de Horizontina conquista Verão Mágico de Santa Rosa








A dupla de vôlei de areia Eduardo Kappaun e Ricardo Müller consquistaram na segunda-feira, dia 16, o Verão Mágico, em Santa Rosa. A dupla horizontinense venceu quatro partidas na competição, sendo que na final bateram por 2 x 0 os também horizontinenses Léo e Deovani.



Nas ultimas semanas é o terceiro título que a dupla conquista na região, sendo o primeiro torneio do SESC Verão etapa Horizontina, no final da semana passado o Circuito Londero & Cia, onde foram representando o bloco Os Augusto e agora o Verão Mágico, sendo todos de forma invicta.



Em março Eduardo e Ricardo estarão disputando em Torres a final estadual do Torneio Sesc Verão e para tanto estão buscando apoio de empresas interessadas em patrocinar a dupla na competição.
ARTIGOS

O porque da emigração de atletas de alto rendimento: o Voleibol brasileiro no contexto mundial.

















Desde a década de 1980, o Vôlei Brasileiro adquiriu o status de melhor do mundo.Nossos atletas venceram e ganharam tudo o que seria possível conquistar: medalhas de ouro olímpicas; circuitos mundiais; grand-prix; campeonatos mundiais e regionais.Esta é uma ótima razão para nos sentirmos orgulhosos de nossas equipes, masculinas e femininas, coordenadas competitivamente pela CBV.À primeira vista, estas conquistas e glórias aparentam ter somente pontos positivos. O ego e o orgulho de ser brasileiro aumentam. O Brasil passa a ter uma imagem internacional melhor no mundo do esporte e é referência, líder, no Vôlei. Nossos atletas se tornam famosos e são requisitados para mais jogos, eventos, marketing de produtos e serviços, de tal forma que a renda conjunta deles, salários no esporte mais propaganda cresce. Contudo, este lado sadio, positivo, também esconde os seus problemas e contrapontos. Por conta do próprio sucesso, o Vôlei precisa enfrentar novos desafios, o que pede novas formas de pensar, de agir e de ver o Vôlei. Isto, pela comunidade voleibolística em geral. O fato é que o sucesso traz consigo vantagens e desvantagens. E entre estas, merece atenção o fato de que com tantas taças e vitórias na mão, os nossos melhores atletas voleibolísticos tornaram-se o objeto da cobiça esportiva mundial. Atrair para o seu país uma estrela de primeira grandeza, vinda do Vôlei brasileiro, para atuar num time de ponta, virou uma meta estratégica para inúmeros clubes no mundo.




A partida de jogadores ao exterior: um fenômeno localizado ou efeito de força maior.
Num ponto, os analistas estão de acordo: o principal fator que determina o fluxo migratório é o diferencial entre renda local e no exterior. Os atletas querem se realizar profissionalmente na vida e olham para o fluxo de rendimentos presente e futuro que recebem e receberão tanto em seu país de origem, quantos no exterior.Quanto maior é esta diferença de renda, com pagamentos maiores nos paises desenvolvidos, maior é a probabilidade de um brasileiro emigrar, ir para fora. Mas isto não garante renda permanente, nem sucesso nas quadras estrangeiras. Criou-se de 1990 em diante o mercado de trabalho globalizado dos supertalentosos. Tiger Woods, o taco de ouro do golfe, nascido nos EUA, fica no país onde nasceu. É óbvio, pois entre salários estimados em US$ 7 milhões ao ano e gordos contratos publicitários e de marketing, que exploram sua figura, de mais US$ 93 milhões, num total de US$ 100 milhões, destaca-se o topo do rendimento e vale a pena ficar onde se paga melhor. Os empresários de superatletas trabalham não apenas sobre a capacitação esportiva e o rendimento de seus jogadores. Eles buscam e destacam-se a beleza, a simpatia, a habilidade de falar bem, a empatia com o público, a credibilidade, a imagem ética e bem comportada, a capacidade de fazer de si notícia e a flexibilidade nos movimentos nacionais e internacionais.O que justifica salários e contratos empresariais maiores aos atletas é a capacidade de repercutir campeonatos e jogos, assim como produtos e serviços, em rede local, nacional e mundial, num movimento de rendas de merchandising aumentado pela criação recente, de 1.990 para nossos dias, de novos canais de distribuição, como televisão globalizada, canais abertos e Internet. No vôlei, este fenômeno global também sucede. Não há como pará-lo. Ele faz parte da lógica dos novos negócios mundiais. Por isto, um jogador sensacional como Giba pode fechar na Rússia um contrato estimado em US$ 1,1 milhão, e ele passa a ser um embaixador excepcional do saber, do talento e do diferencial esportivo e voleibolístico criado por ele mesmo, pelo Brasil e a CBV.




A emigração de atletas brasileiros num contexto maior.
A partida ao exterior de jogadores de alto rendimento preocupa naturalmente o país, os dirigentes esportivos, os torcedores, os espectadores midiáticos e os empresários locais.Perder um atleta que foi educado e treinado durante longos anos no Brasil, para o exterior, representa a perda de investimento que se fez em capital humano, um talento a menos que deixa de jogar nas quadras e que deixa de interagir com os pares.Por outro lado, o atleta que vai ao exterior melhora a sua remuneração; ganha em divisas, como euro; treina numa infra-estrutura esportiva de país desenvolvido; mora melhor e sente os benefícios se estiver em cidade rica do progresso, da segurança e da boa saúde pública.Para o país, os resultados da partida de superatletas ao exterior são ambíguos. Os levantamentos de dados de renda, tributários e de remessas são muito imprecisos. Estima-se que boa parte da renda ganha no exterior fique lá fora, dirigido ao consumo de bens e serviços, sendo 60% do orçamento familiar dos jogadores estrangeiros nos EUA e na Europa, destinado à compra de eletrodomésticos, móveis e carros; 31% de destine a impostos e 9% apenas se dirija à compra de imóveis e para fazer um pé de meia ao voltar ao Brasil (Beatriz Padilha, CIES). Estima-se que no total anual, os emigrantes brasileiros remetam US$ 6 bilhões por ano (Panorama Brasil).




Brasil: população e migração no contexto do Vôlei.
A fuga de talentos é notória no campo da ciência e tecnologia. Entre cientistas e pesquisadores, 10.000, saíram do Brasil nos anos 80. No caso específico do Voleibol, o que ocorre é um fenômeno específico de transumância. Este é um tipo bem particular de fluxo migratório. A transumância é um tipo de migração pendular, temporária e reversível, de ida e volta. Corresponde ao deslocamento de atletas e profissionais do ramo esportivo, por um determinado período (anos de vida útil) ou temporada de contrato e após a atividade (atuar num clube), voltam ao país ou área de origem.




Fatores que determinam e explicam a emigração.
Usualmente, estudam-se os fatores explicativos da emigração mediante “push and pull factors”. O push motiva a saída, o pull motiva a chegada lá no exterior.São numerosos os fatores que explicam a emigração de pessoas e de atletas aos paises desenvolvidos. Inexistem estudos apurados, detalhados e numéricos sobre o assunto. Contudo, à luz da literatura existente no mundo institucional e acadêmico e das entrevistas com atletas, pode-se enumerar:




A melhor remuneração no exterior. O diferencial de rendas entre o Brasil e os paises desenvolvidos é muito significativo, logo os salários mais altos e os contratos de merchandizing de produtos e serviços são determinantes para explicar a partida. A emigração é feita numa base individual para a aquisição de renda. A esta se chama de emigração por razões econômicas e de formação de renda pessoal no exterior;




Altas taxas de desemprego e de subemprego no país de origem, estruturais e que possuem pequena mobilidade para baixo. Nos anos 2.000 / 2.007 o Brasil amargou taxas de desemprego próximas a 8,5% e até 10% anuais. No setor esportivo, de lazer, a sensibilidade ao desemprego é maior, o que explica a busca de países onde o emprego seja maior, mais estável e formal;



Um país maior e mais rico pode dispor de um mercado esportivo maior que o do país de origem do atleta. A oferta de oportunidades, quantitativa e qualitativamente, pode ser maior e isso exerce uma atração extra;



O jus-sanguini, ou prevalência da ancestralidade e sanguineidade igual, permite a obtenção mais rápida de passaportes e de mudança de cidadania.