segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

FAIR - PLAY

Eduardo Kappaun*

RESUMO
Este estudo propõe uma discussão do conceito de “fair play”, fundamentado os valores e características que tenham abordado temas relacionados com os valores no desporto, Fair-Play, Espírito Desportivo e Ética Desportiva. O principal objetivo do trabalho foi identificar e clarificar a importância dada ao estudo dos valores do desporto ao longo dos tempos.

Palavras-chave: Fair-Play. Valores Educativos. Esporte.


INTRODUÇÃO

Para esclarecer vamos conceituar o Fair-Play, fundamentado nos valores e características da sociedade pós-moderna. Posteriormente clarificar a situação do Fair Play nas aulas de Educação Física e em seguida sua relação a ética e moral no desporto. A este respeito Gonçalves, Cardoso, Freitas, Lourenço & Silva (2005) referem que o estudo das questões éticas no desporto para jovens tem sido esparso e descontínuo ao longo dos últimos anos. Biliatti ressalta que, conectado à sua origem aristocrática inglesa, os valores do “fair play”, foram referencias para a prática esportiva durante muito tempo mesmo que algumas vezes sendo transgredidas.


CONCEITO DE FAIR PLAY

Literatura não é unânime quanto à utilização dos conceitos logo a seguir referidos. Assim, o conceito de Fair-Play, numa tradição para o português significa jogo limpo, sendo muitas vezes entendido também como Desportivismo e Espírito Desportivo.
Se atendermos as diferentes definições de Fair- Play verificamos que cada autor acrescenta sempre algo de inovador ao conceito.
Martens(1978), aborda o tema, analisando-o como “um comportamento moral no meio desportivo”.

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* Acadêmico do Curso de Educação Física – UNIJUÍ – Santa Rosa – RS.


Ommo Grupe (1992) define-o como “uma adesão voluntária às regras desportivas, princípios e códigos de conduta, obedecendo ao princípio da justiça e renunciando a vantagens injustificadas.
Hon & O´connor (1994), perspectivam o conceito de uma forma mais global, não sendo apenas uma forma de jogar o jogo, mas uma maneira de estar na vida.
No entender de Gibbons (1995) a definição de Fair- Play está sempre associada aos seguintes comportamentos: respeito pelas regras, pelo árbitros e suas decisões, respeito pelos outros, promover a igualdade de oportunidades e manter o auto-controlo em todas as situações.
Segundo Lenk (1987) o fair play tem dupla natureza, dividindo-se em fair play formal e informal. O fair play formal se caracteriza pelo cumprimento das regras e regulamentos, representando assim uma “norma-obrigação” do competidor. O fair play informal. Representa os valores morais do praticante, através das atitudes cavalheirescas do competidor em relação aos adversários e árbitros. O autor desta que o fair play manifesta-se através dos seguintes aspectos:
1. Respeito pelas regras
2. Respeito pelos árbitros e aceitação de suas decisões
3. Respeito pelo adversário
4. Desejo de igualdade
5. Ser digno

Apesar das diferenças encontradas entre os autores é possível percebemos uma unidade na definição do que é fair play, pois todos representam o mesmo pensamento, o de uma conduta ética para com o esporte e em relação aos demais envolvidos nessa pratica.

Fair Play nas aulas de Educação Física e sua relação a ética e moral no desporto
No momento, vivemos em uma sociedade caracterizada pela velocidade histórica. Os valores tradicionais do esporte tem se modificado constantemente, muitos valores benignos tem sido trocados por outros novos. A sociedade se esportivizou, mas abandonou os valores positivos inerentes ao esporte. No momento, prevalecem a lógica de mercado, a tecnologização e o profissionalismo exagerado.
Então, cabe aos profissionais envolvidos com a prática esportiva esquadrinhas soluções para frear o declínio do espírito esportivo na sociedade atual. Soluções que perpassam por novas regras, por incentivos a atitudes de fair play, por uma educação voltada para a ética desde a infância, (GERLING, MÜLLER, 2004). Diante do exposto, urge repensara o pape da educação física nessa sociedade pós-moderna, cujos valores são intensamente propagados e distorcidos pela mídia. O esporte tem a qualidade de conferir valores e normas à sua pratica, auxiliando na formação cultural e social dos indivíduos. Entretanto, é preciso repensar que valores o esporte tem difundido e se estes estão de acordo com o contexto da sociedade atual.
Rufino, Bastista & Maturana(2005) analisaram a influência da mídia no Fair-Play dos alunos (as) e professores (as) de Educação Física das escolas públicas do município do Rio de Janeiro. Foram aplicados 2 questionários em 25 escolas em que o 1º avaliava a quantidade de exposição aos media de desporto e o interesse dos alunos por notícias com bons e com maus exemplos de Fair- Play, enquanto que o 2º questionário avaliava o comportamento em relação a situações de competição onde o jogar limpo estivesse envolvido. Estes questionários foram também aplicados a atletas e treinadores(as), sendo de seguida correlacionados os resultados para analisar a influência dos media no Fair-Play de alunos (as) e professores (as) da Educação Física, assim como a diferença do grau de Fair- Play destes para os atletas e treinadores (as).
Os autores concluíram que os professores de Educação Física alcançaram um grau mais elevado de Fair-Play entre os participantes, e os atletas obtiveram o valor mais baixo de Fair-Play. As participantes do sexo feminino revelaram valores mais elevados no que concerne ao Fair-Play na prática desportiva, podendo estar relacionado pela maior exposição dos participantes do sexo masculino a mídia.
Os valores que a sociedade transmite ao Desporto, tais como a honestidade, a lealdade, a sinceridade, a limpidez de processos, a dignidade, a correção de atitudes, o respeito mútuo entre quem participa de competições desportivas e o respeito inequívoco por regras de condutas cívicas e desportivas por parte de quem é responsável pela orientação desportiva, tendem cada vez mais a serem irrelevantes e a estarem em vias de extinção (GONÇALVES, 1998; GONÇALVEZ, COSTA e PIÉRON, 1998).
Os valores devem ser sublinhados através de uma postura ética em relacionamentos interpessoais. No esporte este parâmetro é trabalhado através do respeito mútuo, da honestidade, do cavalheirismo, do respeito pelas regras, ou seja, através do fair play. Portanto, é preciso que a prática esportiva seja orientada pedagogicamente, fortalecendo as noções de ética e cidadania.
Vemos que a contribuição do esporte no pensamento e comportamento ético do individuo também se torna de suam importância para a formação deste, sendo o fair play o fio condutor da transmissão dos valores que orientam a aquisição desta conduta ética. Devido ao fato dos valores estarem sendo modificados no comportamento de cada individuo, a identificação de atitudes antiéticas nos jovens atletas é de vital importância para melhor se entender o processo pelo qual eles tomam as decisões em situação esportivas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na contemporaneidade são vários os fatores influentes no esporte, que abrangem desde a vestimenta da competição ate o centro de treinamento com equipamentos de ultima geração. Tudo influencia o esporte e o esporte a tudo influencia. E nesse contexto, de esportivização da cultura (GRUPE, 1992), a mídia surge como fator fortemente influente na sociedade pós-moderna. Dessa forma, o fair play se torna imprescindível nas relações interpessoais, possibilitando uma relação dialética com a realidade permeada de situações antiéticas exibidas pela mídia televisiva em especial, seguida pelo rádio, os jornais e a internet.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico: século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteia/Lexicon Informática, 1999.
2. PINHEIRO, V.; COSTA, A.; SEQUEIRA, P.(2008). Fair-Play e aspectos educativos no desporto infanto-juvenil. http:/www.efdeportes.com/ Revista Digital – Buenos Aires – Ano 12 - N˚ 117 – Fevereiro de 2008.
3. RUFINO, J.; BATISTA, P.; GUELE, R.; MATARUNA, L.(2005). O Fair Play na atualidade. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v.1, n.2, p.57-68, julho/dezembro, 2005.

domingo, 18 de outubro de 2009

Secchi Imobiliária/ Lida Bruta Campeão - Troféu Primavera


Secchi Imobiliária/ Lida Bruta Campeão - Troféu Primavera

Horizontina conheceu os campeões municipais do Troféu Primavera 2009. A decisão aconteceu no ultimo sábado, junto ao Ginásio Municipal de Esportes Edio Stoll. Na decisão masculina a equipe da Imobiliária Secchi/Lida Bruta não teve trabalho. A equipe da Casa da Pintura, não compareceu para o confronto. Com a vitória por W. O. a equipe do Lida Bruta levou o título sem esforço nenhum. A entrega da premiação foi imediatamente após definidos os vencedores e contou com a presença do Diretor de Esportes Adalto Pimentel Gomes, bem como da Sra Eloiza Dürques, Secretaria da Educação, a qual é a promotora do evento.

domingo, 20 de setembro de 2009

O Papel da Atividade Física na 3˚ Idade


O Papel da Atividade Física na 3˚ Idade


Muito se fala sobre o aumento da população idosa em todo mundo e a expectativa de vida tem aumentado muito nos últimos anos. No Brasil a população era considerada jovem, mas devido algumas modificações essa situação hoje é um pouco diferente, pois a população idosa ocupa mais de 20%do total da população, e pode-se dizer que em 2025 o Brasil poderá ter a sexta população mais idosa do mundo.
No Brasil a população da terceira idade vem aumentando com o passar dos anos, atualmente a expectativa de vida é de 67 anos, em 2025 poderá chegar aos 74 anos. Devido a esse fato o Brasil já tem instituições preocupadas com essa população que procuram orientar esse grupo a envelhecer com qualidade de vida, pois muitas são as limitações decorrentes da idade.Todo ser humano que consiga alcançar uma idade mais avançada passa pelo processo de envelhecimento, e muitas vezes esse processo não acontece de forma agradável. E para contribuir com esse fato é preciso criar formas que amenizem estas alterações não só no corpo, mas também na mente. Com o avanço da idade há um declínio das capacidades físicas e um aumento da incidência de doenças crônicas. Associados a esses fatores, alterações morfológicas importantes também são observadas. Os idosos tendem a uma perda acentuada de massa muscular e óssea, levando a perdas importantes de água e minerais. Em contrapartida, o tecido adiposo vem aumentando com o avanço da idade.

Porém, esses efeitos prejudiciais estão mais associados ao sedentarismo do que ao simples avanço da idade.
As principais conseqüências funcionais notadas em decorrência disso são (Alves, 2004):
- diminuição dos níveis de força. Estima-se uma perda de 1% ao ano após os 30 e até os 60 anos de idade, 15% por década entre os 60 e os 70 anos e 30% por década daí por diante;
- diminuição da potência aeróbica máxima (VO2máx) numa taxa de 1% ao ano após os 20 anos de idade;
- diminuição dos níveis de flexibilidade, se tornando mais evidente após os 55 a 60 anos;
- diminuição do equilíbrio, verificando-se um declínio mais acentuado a partir dos 60 anos de idade.

Devido à preocupação direcionada a esse grupo, muitos projetos são feitos principalmente relacionados a programas de exercícios físicos que de uma forma geral agem de forma preventiva no envelhecimento.
Uma das estratégias para mínimaz os prejuízos associados ao avanço da idade é o encorajamento à prática de programas de exercício físico. Há pratica regular de atividade física traz diversos benefícios para a saúde e a aptidão física das pessoas de todas as idades, inclusive os idosos.
Abaixo, são citados alguns dos diversos benefícios associados à atividade física regular ou os exercícios físicos:
- Proporcionar atividades grupais.
- Atividades de independência/autonomia/decidir.
- Aprimoramento na função cardiovascular e respiratória.
- Redução nos fatores de risco para doenças.
- Caminhadas.
- Dança.
- Atividades aquáticas
- Ginásticas
- Recreação.
- Encontro com outros grupos.

Vale ressaltar a importância da musculação na terceira idade, qualquer atividade física aumenta a massa muscular, mas o treinamento contra resistência (musculação) estimula melhor esse ganho de massa, levando a consecutivas melhoras como o aumento de força, menor risco de quedas, benefícios no tecido ósseo e tecido conjuntivo dos músculos, tendões, ligamentos e articulações.
Benefícios da musculação associados à terceira idade
Apesar de tantos benefícios proporcionados pela musculação ainda percebe-se que a maior parte do publico que a prática tem finalidades estéticas.
No ambiente estético, a musculação objetiva moldar as formas do corpo enfatizando um trabalho de aumento do volume muscular e de obtenção da simetria corporal. Tudo isso deve ser realizado dentro dos limites da normalidade, respeitando-se todos os princípios do treinamento físico com um destaque maior sobre o princípio da individualidade biológica. Os benefícios da musculação vão muito além da estética, a prática da musculação ajuda na diminuição do estresse, aumenta a interação social, combate o sedentarismo, a aterosclerose, a osteoporose, controla a hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus entre outros (COSTA, 2004).
Em resumo, um programa para idosos deve conter exercícios de resistência, força, potencia e flexibilidade. A importância da utilização de exercícios que estimula o equilíbrio em plataformas de instabilidade, por exemplo, para melhora da propriocepção.
Porém antes do ingresso em qualquer programa de atividades físicas, a realização de uma consulta médica é fundamental, no decorrer dos exercícios físicos o acompanhamento de um profissional qualificado na área da saúde é essencial, e que atendam suas necessidades. Assim sendo é possível verificar que através da atividade física o idoso se torna mais independe para realizar tarefas e através dessa independência ele envelhecerá melhor tanto fisicamente como mentalmente contribuindo assim para uma melhor qualidade de vida.
Eduardo Guilherme Kappaun
Professor do Colégio Cristo Rei e Acadêmico do Curso de Educação Física - UNIJUÍ

Referências bibliográficas
ALVES, Roseane Victor; MOTA, Jorge; COSTA, Manoel da Cunha; ALVES, João Guilherme Bezerra. Aptidão física relacionada à saúde de idosos: influência da hidroginástica, In: Rev Bras Med Esporte, Vol. 10, Nº 1 – Jan/Fev, 2004.

BALSAMO, S.; SIMÃO, R. Treinamento de Força para Osteoporose, Fibromialgia, Diabetes Tipo2, Artrite Reumatóide e Envelhecimento. São Paulo: Phorte Editora, 2005.
COSTA, Allan Jose silva da. Musculação e qualidade de vida. In Revista Virtual EFArtigos. Vol. 02, nº03 Natal, 2004. disponível em http//:www.efartigos.hpg.com.br ,acessado em 20 de setembro de 2009 às 16h e 30min.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

TREINO ESPECÍFICO NA PREPARAÇÃO DE GOLEIROS

1- Seqüência de defesas com queda lateral: O goleiro irá receber várias bolas quicadas para efetuar uma defesa com queda lateral, após defender posicionar-se para a próxima defesa, e assim seqüencialmente.

2- Saída no alto com defesa baixa: Goleiro terá que efetuar duas saídas de bola, uma em cada lado e na sequência uma defesa baixa. Trabalhar os dois lados.

3- Deslocamento com defesa de base: Goleiro irá descolar até a trave e voltar no lado contrário para efetuar uma defesa com base.

4- Cones 1 – 2 com queda: Goleiro posicionado ao lado da trave, a cada anunciado do preparador de goleiro, (cone 1 ou 2), assim ele terá q efetuar e em seguida realizar uma defesa baixa no lado contrário.

5- Cones 1 – 2 com queda lado contrário: Goleiro posicionado ao lado da trave, a cada anunciado do preparador de goleiro, (cone 1 ou 2), assim ele terá q efetuar e em seguida realizar uma defesa baixa no lado contrário.

6- Cones 1 – 2 no alto: O goleiro fica sobre a linha de gol, de costas para o PG que fica posicionado na linha da área com uma bola. Ao sinal (cone 1 ou 2) que estão posicionados no alto do gol junto a rede, a cada comando terá que encostar no cone mencionado pelo PG e na seqüência girar e fazer defesa da bola chutada pelo PG.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

TRABALHO DE INICIAÇÃO NA PREPARAÇÃO DE GOLEIROS

Trabalhar com criança requer paciência, psicologia, carinho, respeito, amor e além de talento natural, uma bolsa de primeiros socorros! Afirmação de Bompa

A função do goleiro é altamente específica o que requer a necessidade de se ter um profissional exclusivo, o preparador de goleiros, para elaborar, executar e avaliar o seu plano de treinamento.

o preparador de goleiros deve dispor de conhecimentos sobre fisiologia e desenvolvimento da criança e do adolescente, psicologia e pedagogia do esporte e ser um profundo estudioso da técnica individual e coletiva do goleiro de Futsal, aprimorando e/ou elaborando métodos de treinamento que desenvolvam as qualidades da criança/jovem de maneira didática e gradual, respeitando seu desenvolvimento e seus limites fisiológicos e psicológicos.

É primordial que qualquer programa de treinamento, seja de esportes individuais ou coletivos, respeite e atenda às necessidades e anseios de cada estágio do desenvolvimento da criança e do adolescente.

As crianças não são simplesmente adultos pequenos, mas possuem características fisiológicas distintas e complexas que precisam ser consideradas! Afirmação de Bompa

Portanto, torna-se imprescindível que os clubes e escolinhas de Futsal preocupem-se cada vez mais com a iniciação e evolução dos goleiros, colocando profissionais que se dediquem exclusivamente a treiná-los e orientá-los e que estes tenham uma relação de amizade e perfeita interação com a criança/jovem. O goleiro iniciante não deve ficar exposto a cobranças e pressões, tendo o direito de cometer erros (que deverão ser detectados e corrigidos pelo preparador), encarando-os como parte do processo de aprendizagem. Contudo como, infelizmente, estas cobranças e pressões muitas vezes acabam ocorrendo, torna-se necessário que o preparador de goleiros atuar como um “filtro” para que aquelas não venham a prejudicar a criança/jovem.

O goleiro é o jogador mais importante de uma equipe de Futsal e seu trabalho deve ser sempre valorizado e exaltado. Todo aquele que se proponha a atuar nesta posição já será um vencedor, pois somente pessoas especiais possuem o talento e as qualidades necessárias para ser o número UM.

Referências bibliográficas:
1) BOMPA, Tudor O. Treinamento total para jovens campeões. Tradução por Cássia Maria.Nasser. São Paulo: Manole, 2002

2) CAMPOS, Iranílton Lombardi. A Criança no Futsal. São Paulo: 2002

3) NETO, Cândido S. Pires, SOARES, Ben-Hur. Lesões intervientes nas posições táticas no Futsal

Eduardo Guilherme Kappaun – Professor/treinador de voleibol do Colégio Cristo Rei e Preparador de Goleiros da equipe de Horizontina representante na Liga Noroeste de Futsal 2009.

terça-feira, 21 de julho de 2009

TREINO ESPECÍFICO NA PREPARAÇÃO DE GOLEIROS

Acreditando que a função do goleiro torna-se a cada dia mais decisiva em relação ao placar do jogo e que, suas habilidades podem ser demonstradas tanto com os pés quanto com as mãos, tanto que exige-se de um goleiro um tal acúmulo de capacidades corporais e psíquicas que só podem ser encontradas em poucos jogadores. A posição do goleiro requer um ensino muito especial e mais ainda, uma educação e orientação espiritual diferente.

Esse material tem como objetivo a estrutura de um treinamento específico para goleiros com orientação de fundamentos e capacidades tais como: Postura ideal para a defesa, pegada, velocidade de reação, coordenação, equilíbrio, concentração, flexibilidade, deslocamentos, agilidade, queda lateral (bola rasteira, bola meia-altura e bola quicada) entre outros. Os treinamentos também são direcionados para desenvolver a resistência muscular lcalizada e geral.

A cada exercício é aplicada uma carga de 6 repetições com sucesso em suas defesas, a cada erro é feito a repetição para corrigir o posicionamento e movimento. Corrigindo os erros e trabalhando em cima de repetições, para que o atleta possa desenvolver a técnica correta na execução dos movimentos.

Exercício 01: Goleiro em posicão inicial encontra-se deitado para realizar a primeira defesa baixa, em seguida realiza o deslocamento lateral entre os cones para no final receber mais um chute rasteiro. Capacidades e fundamentos trabalhos: Pegada, velocidade de reação, coordenação, queda lateral, agilidade.

Obs: trabalhar os dois lados.

Exercício 02: Goleiro encontra-se em posição de expectativa, na base da trave onde terá que receber um comunicado do preparado para deslocar frontal até cone 01 ou 02 e em seguida realizar um giro, deslocar lateral para executar uma defesa baixa no lado contrário. Capacidades e fundamentos trabalhos: Postura, equilíbrio, concentração, pegada, velocidade de reação, deslocamento, queda lateral e agilidade.

Obs: Trabalhar os dois lados.

Exercício 03: Goleiro encontra-se no centro do gol em posição de expectativa, onde terá que recebr um comunicado do preparador para deslocar lateral até cone 01 ou 02 e em seguida realizar uma defesa baixa no lado contrário do cone tocado. Capacidades e fundamentos trabalhos: Postura, equilíbrio, concentração, pegada, velocidade de reação, deslocamento, queda lateral e agilidade.

Exercício 04: Goleiro encontra-se em posição de expectativa, na base da trave, fechando o angulo, onde vai receber um chute e em seguida deslocar lateral para o centro do gol e realizar mais uma defesa com outro chute baixo e para finalizar uma queda lateral de um chute forte e rasteiro (defesa de recuperação). Capacidades e fundamentos trabalhados: Postura, equilíbrio, pegada, deslocamento, velocidades de reação, queda lateral e agilidade.

Obs: Trabalhar os dois lados.

Goleiros que participaram dos vídeos fazem parte da Equipe Associação Horizontinense de Futsal que está disputando pela primeira vez a Liga Noroeste de Futsal 2009, são eles: Alex Medina, Charles Jarrel Borges e Cleber Maciel dos Santos.

Eduardo Guilherme Kappaun – Professor/treinador de voleibol do Colégio Cristo Rei e Preparador de Goleiros da Equipe Associação Horizontinense de Futsal representante na Liga Noroeste de Futsal 2009.

Local: Ginásio Edio Stoll - Horizontina - RS 24/07/2009

sábado, 18 de julho de 2009

Goleiro na linha, bom ou ruim?


Acabamos de viver no futsal um momento histórico, com a conquista do Mundial, realizado no Brasil. Ficou comprovado mais uma vez o crescimento do futsal no mundo e a força de grandes seleções, cada vez mais competitivas. A nossa seleção talvez tenha sido a mais tática de todos os tempos, isso mostra que o nível técnico de nossos jogadores já não faz tanta diferença como por muito tempo foi visto pelas quadras do mundo afora. Agora vivenciamos o final de uma geração de ótimos jogadores se despedirem da seleção e um novo projeto de equipe ser construída, renovação é a palavra da vez, e um novo ciclo se inicia.
A pergunta que me faço é se nós estamos formando uma nova geração de grandes jogadores, ou estamos trocando a necessidade de resultados e a transferência de um plano de jogo melhor elaborado, por facilidades que a regra permite.
Jogar com o goleiro no ataque, virou uma realidade perigosa para o futsal de um país que tem em seus jogadores talento o suficiente para poder realizar um ataque eficiente. Vivemos desde as categorias de base até o profissional uma prática perigosa para quem retomou a hegemonia do esporte e pretende mantê-la, este ano acompanhei alguns jogos das categorias de base aqui em Santa Catarina e fiquei muito preocupado com o que vi, o goleiro faz tudo nas equipes, ele defende, afinal está ali para isso, apesar de que hoje em dia quando se fala em goleiro a pergunta é: ele joga com os pés? É passador e finalizador, tem que fazer gols também, mas essa prática não é usada em final de jogo, ou para sair de uma situação difícil, está virando ou já virou padrão de jogo. A conseqüência disso é que temos cada vez mais jogadores que só jogam de lado na quadra, que não enfrentam o adversário e apenas voltam à bola para o goleiro resolver uma situação de ataque.
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Eduardo Guilherme Kappaun – Professor/treinador de voleibol do Colégio Cristo Rei e Preparador de Goleiros da equipe de Horizontina representante na Liga Noroeste de Futsal 2009.