quinta-feira, 5 de março de 2009

Dupla de Horizontina conquista Verão Mágico de Santa Rosa








A dupla de vôlei de areia Eduardo Kappaun e Ricardo Müller consquistaram na segunda-feira, dia 16, o Verão Mágico, em Santa Rosa. A dupla horizontinense venceu quatro partidas na competição, sendo que na final bateram por 2 x 0 os também horizontinenses Léo e Deovani.



Nas ultimas semanas é o terceiro título que a dupla conquista na região, sendo o primeiro torneio do SESC Verão etapa Horizontina, no final da semana passado o Circuito Londero & Cia, onde foram representando o bloco Os Augusto e agora o Verão Mágico, sendo todos de forma invicta.



Em março Eduardo e Ricardo estarão disputando em Torres a final estadual do Torneio Sesc Verão e para tanto estão buscando apoio de empresas interessadas em patrocinar a dupla na competição.
ARTIGOS

O porque da emigração de atletas de alto rendimento: o Voleibol brasileiro no contexto mundial.

















Desde a década de 1980, o Vôlei Brasileiro adquiriu o status de melhor do mundo.Nossos atletas venceram e ganharam tudo o que seria possível conquistar: medalhas de ouro olímpicas; circuitos mundiais; grand-prix; campeonatos mundiais e regionais.Esta é uma ótima razão para nos sentirmos orgulhosos de nossas equipes, masculinas e femininas, coordenadas competitivamente pela CBV.À primeira vista, estas conquistas e glórias aparentam ter somente pontos positivos. O ego e o orgulho de ser brasileiro aumentam. O Brasil passa a ter uma imagem internacional melhor no mundo do esporte e é referência, líder, no Vôlei. Nossos atletas se tornam famosos e são requisitados para mais jogos, eventos, marketing de produtos e serviços, de tal forma que a renda conjunta deles, salários no esporte mais propaganda cresce. Contudo, este lado sadio, positivo, também esconde os seus problemas e contrapontos. Por conta do próprio sucesso, o Vôlei precisa enfrentar novos desafios, o que pede novas formas de pensar, de agir e de ver o Vôlei. Isto, pela comunidade voleibolística em geral. O fato é que o sucesso traz consigo vantagens e desvantagens. E entre estas, merece atenção o fato de que com tantas taças e vitórias na mão, os nossos melhores atletas voleibolísticos tornaram-se o objeto da cobiça esportiva mundial. Atrair para o seu país uma estrela de primeira grandeza, vinda do Vôlei brasileiro, para atuar num time de ponta, virou uma meta estratégica para inúmeros clubes no mundo.




A partida de jogadores ao exterior: um fenômeno localizado ou efeito de força maior.
Num ponto, os analistas estão de acordo: o principal fator que determina o fluxo migratório é o diferencial entre renda local e no exterior. Os atletas querem se realizar profissionalmente na vida e olham para o fluxo de rendimentos presente e futuro que recebem e receberão tanto em seu país de origem, quantos no exterior.Quanto maior é esta diferença de renda, com pagamentos maiores nos paises desenvolvidos, maior é a probabilidade de um brasileiro emigrar, ir para fora. Mas isto não garante renda permanente, nem sucesso nas quadras estrangeiras. Criou-se de 1990 em diante o mercado de trabalho globalizado dos supertalentosos. Tiger Woods, o taco de ouro do golfe, nascido nos EUA, fica no país onde nasceu. É óbvio, pois entre salários estimados em US$ 7 milhões ao ano e gordos contratos publicitários e de marketing, que exploram sua figura, de mais US$ 93 milhões, num total de US$ 100 milhões, destaca-se o topo do rendimento e vale a pena ficar onde se paga melhor. Os empresários de superatletas trabalham não apenas sobre a capacitação esportiva e o rendimento de seus jogadores. Eles buscam e destacam-se a beleza, a simpatia, a habilidade de falar bem, a empatia com o público, a credibilidade, a imagem ética e bem comportada, a capacidade de fazer de si notícia e a flexibilidade nos movimentos nacionais e internacionais.O que justifica salários e contratos empresariais maiores aos atletas é a capacidade de repercutir campeonatos e jogos, assim como produtos e serviços, em rede local, nacional e mundial, num movimento de rendas de merchandising aumentado pela criação recente, de 1.990 para nossos dias, de novos canais de distribuição, como televisão globalizada, canais abertos e Internet. No vôlei, este fenômeno global também sucede. Não há como pará-lo. Ele faz parte da lógica dos novos negócios mundiais. Por isto, um jogador sensacional como Giba pode fechar na Rússia um contrato estimado em US$ 1,1 milhão, e ele passa a ser um embaixador excepcional do saber, do talento e do diferencial esportivo e voleibolístico criado por ele mesmo, pelo Brasil e a CBV.




A emigração de atletas brasileiros num contexto maior.
A partida ao exterior de jogadores de alto rendimento preocupa naturalmente o país, os dirigentes esportivos, os torcedores, os espectadores midiáticos e os empresários locais.Perder um atleta que foi educado e treinado durante longos anos no Brasil, para o exterior, representa a perda de investimento que se fez em capital humano, um talento a menos que deixa de jogar nas quadras e que deixa de interagir com os pares.Por outro lado, o atleta que vai ao exterior melhora a sua remuneração; ganha em divisas, como euro; treina numa infra-estrutura esportiva de país desenvolvido; mora melhor e sente os benefícios se estiver em cidade rica do progresso, da segurança e da boa saúde pública.Para o país, os resultados da partida de superatletas ao exterior são ambíguos. Os levantamentos de dados de renda, tributários e de remessas são muito imprecisos. Estima-se que boa parte da renda ganha no exterior fique lá fora, dirigido ao consumo de bens e serviços, sendo 60% do orçamento familiar dos jogadores estrangeiros nos EUA e na Europa, destinado à compra de eletrodomésticos, móveis e carros; 31% de destine a impostos e 9% apenas se dirija à compra de imóveis e para fazer um pé de meia ao voltar ao Brasil (Beatriz Padilha, CIES). Estima-se que no total anual, os emigrantes brasileiros remetam US$ 6 bilhões por ano (Panorama Brasil).




Brasil: população e migração no contexto do Vôlei.
A fuga de talentos é notória no campo da ciência e tecnologia. Entre cientistas e pesquisadores, 10.000, saíram do Brasil nos anos 80. No caso específico do Voleibol, o que ocorre é um fenômeno específico de transumância. Este é um tipo bem particular de fluxo migratório. A transumância é um tipo de migração pendular, temporária e reversível, de ida e volta. Corresponde ao deslocamento de atletas e profissionais do ramo esportivo, por um determinado período (anos de vida útil) ou temporada de contrato e após a atividade (atuar num clube), voltam ao país ou área de origem.




Fatores que determinam e explicam a emigração.
Usualmente, estudam-se os fatores explicativos da emigração mediante “push and pull factors”. O push motiva a saída, o pull motiva a chegada lá no exterior.São numerosos os fatores que explicam a emigração de pessoas e de atletas aos paises desenvolvidos. Inexistem estudos apurados, detalhados e numéricos sobre o assunto. Contudo, à luz da literatura existente no mundo institucional e acadêmico e das entrevistas com atletas, pode-se enumerar:




A melhor remuneração no exterior. O diferencial de rendas entre o Brasil e os paises desenvolvidos é muito significativo, logo os salários mais altos e os contratos de merchandizing de produtos e serviços são determinantes para explicar a partida. A emigração é feita numa base individual para a aquisição de renda. A esta se chama de emigração por razões econômicas e de formação de renda pessoal no exterior;




Altas taxas de desemprego e de subemprego no país de origem, estruturais e que possuem pequena mobilidade para baixo. Nos anos 2.000 / 2.007 o Brasil amargou taxas de desemprego próximas a 8,5% e até 10% anuais. No setor esportivo, de lazer, a sensibilidade ao desemprego é maior, o que explica a busca de países onde o emprego seja maior, mais estável e formal;



Um país maior e mais rico pode dispor de um mercado esportivo maior que o do país de origem do atleta. A oferta de oportunidades, quantitativa e qualitativamente, pode ser maior e isso exerce uma atração extra;



O jus-sanguini, ou prevalência da ancestralidade e sanguineidade igual, permite a obtenção mais rápida de passaportes e de mudança de cidadania.

Dinâmica do Jogo de Dupla na Praia



Antes de abordar os fundamentos da técnica individual, considero necessário apresentar, ainda que ligeiramente, como o jogo funciona, como os jogadores deslocam-se e suas principais atribuições, o que denomino Dinâmica do Jogo. Apresento também os fundamentos utilizados em cada função, a fim de facilitar o entendimento desta aplicabilidade.
Na dupla, os dois jogadores desdobram-se para realizar duas funções. Por exemplo, na parte ofensiva, o mesmo jogador pode receber o saque ou levantar a bola, antes do início do jogo pelo saque. Definido o saque no jogador 2 (J2), o jogador 1 (J1) desloca-se em direção ao centro da rede, a fim de efetuar o levantamento para o J2, que ataca a bola. Quando o saque é no J1, realiza-se o contrário, ou seja, o J2 desloca-se para fazer o levantamento e o J1 ataca. Essa dinâmica é invariável; os dois jogadores têm que ter a capacidade de executar as duas funções utilizando-se dos fundamentos: toque ou manchete para o levantamento; manchete para a recepção e cortada ou largadas para o ataque.


Uma vez na Zona de Levantamento, o jogador encarregado do levantamento deve estar atento às recepções defeituosas em que a bola pode ir para pontos bem distantes da mesma. No caso, o jogador que levanta, é obrigado a realizar deslocamentos rápidos na tentativa de recuperar a bola ou ainda levantá-la. Neste caso, utilizar-se-á do toque (caso tenha excepcional capacidade) ou da manchete

Na parte defensiva, quando o saque é do J1, o J2 tenta bloquear e o J1 encarrega-se da defesa. Neste caso, são utilizados os fundamentos: saque, bloqueio e, na defesa, toque, manchete e outros recursos (diagrama a seguir). Essa dinâmica varia:
- ambos os jogadores podem bloquear e defender;
- um dos dois pode jogar no bloqueio sempre e o outro na defesa sempre.
Nossas mais famosas duplas, Adriana Behar/Shelda, no feminino, e Ricardo e Emanuel, no masculino, medalhistas de prata e ouro, respectivamente, na Olimpíada de Atenas, são bons exemplos. Adriana Behar joga sempre no bloqueio e Shelda sempre na defesa. Ricardo e Emanuel revezam-se nas duas funções.
A tendência e um dos objetivos dos treinadores é que os dois jogadores sejam capazes de bloquear e defender com a mesma eficiência.


Preparador de Goleiros, a profissão.


Antigamente, os goleiros não possuíam pessoas específicas para administrar os seus treinos. Muitas vezes pessoas com boa vontade, mas sem conhecimento no assunto eram incumbidas de treinar goleiros.
Com o passar dos anos e a implantação de um futebol moderno, com preparação física adequada para cada posição, admitiu-se a possibilidade de possuir um elemento capacitado e específico para conduzir o treinamento de goleiros.
Geralmente o treinador está preocupado com a orientação de sua equipe durante os treinamentos e fica impossível para ele tentar administrar qualquer tipo de treinamento aos seus goleiros.
É a partir desse ponto que surgem os grandes problemas, pois os goleiros ficam em segundo plano, não tendo uma preparação adequada, e muitas vezes por vontade própria tentam conduzir o treino, mas isso é uma tarefa que não cabe a eles, seria mais viável que tivesse uma pessoa específica para isso.
Sendo assim, tem espaço para todos trabalharem é só ter capacidade e conhecimento sobre futebol especificamente da posição de goleiro.
A realização de estágios, cursos etc. será de grande utilidade aos profissionais, pois a cada dia surgem novas técnicas de treinamento e cada profissional tem o direito de buscar novos horizontes.
Quando fala-se sobre a importância do treinador é para que fique bem claro a todos que estamos trabalhando com uma posição em que a porcentagem de erro deve ser menor possível, pois uma falha do goleiro dificilmente é corrigida pelo companheiro e na maioria das vezes resulta em gol. Sendo assim a função de treinador para a posição exige um alto grau de dedicação e conseqüente valorização do seu trabalho.


FONSECA, GERARD MAURÍCIO (1998). Futsal - Treinamento para goleiros. Rio de Janeiro: Sprint

quarta-feira, 4 de março de 2009

Voleibol, que fatores motivacionais levam a sua prática?


Voleibol, que fatores motivacionais levam a sua prática?


O entendimento dos motivos pelos quais os jovens se envolvem nos esportes tem sido fonte de várias pesquisas para profissionais e pesquisadores da área da Psicologia Esportiva. Uma análise histórica do esporte mostra que ele tem se constituído num fator importantíssimo para o desenvolvimento social e cultural de todos os povos. Ele coexiste com o homem desde os tempos mais primitivos. Segundo MACHADO (1997), o esporte valoriza socialmente o homem, proporciona uma melhoria de auto-imagem, e a aprendizagem de uma modalidade esportiva constitui uma das mais significantes experiências que o ser humano pode viver com seu próprio corpo, a experiência vivida assume particularidades que determinam seu êxito resultante na medida em que vencidas as dificuldades, sendo essas criadas pelo próprio corpo e também pelas exigências do projeto assumido pelo indivíduo.

Em uma larga acepção, segundo CRATTTY (1983), o termo motivação denota os fatores que levam as pessoas a uma ação ou à inércia em diversas situações. De modo mais específico, o estudo dos motivos implica no exame das razões pelas quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior empenho do que outras ou, ainda, persistir numa atividade por longo período de tempo. Vários fatores motivam o ser humano em seu dia a dia, tanto de forma interna como externa. A força de cada motivo e seus padrões influenciam e são influenciados pela maneira de perceber o mundo que cada indivíduo possui. Para RODRIGUES (1991), um dos principais fatores que interferem no comportamento de uma pessoa é, indubitavelmente, a motivação, que influi, com muita propriedade, em todos os tipos de comportamentos, permitindo um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades que se relacionem com: aprendizagem, desempenho, atenção. Para o autor somos todos cercados por uma constelação de valores que pode, a um dado momento, levar-nos à ação ou reduzir-nos à imobilidade. Essa é uma das razões da dificuldade em mensurar a motivação de maneira precisa, principalmente se a medida depende do humor, sentimentos ou verbalizações momentâneas do sujeito.

Motivação está associada à palavra motivo, segundo MAGGIL (2001), motivo é definido como alguma força interior, impulso, intenção, etc. que leva uma pessoa a fazer algo ou agir de uma certa forma. Sendo assim, qualquer discussão sobre motivação implica em investigar os motivos que influenciam em um determinado comportamento, ou seja, todo o comportamento é motivado, é impulsionado por motivos. Assim a motivação é um termo que abrange qualquer comportamento dirigido para um objetivo, que se inicia com um motivo, esse provoca um determinado comportamento para a realização de um determinado objetivo.

o entendimento dos motivos pelos quais as adolescentes se envolvem com a prática dos esportes, em nosso caso o voleibol, tem sido fonte de várias pesquisas para profissionais e pesquisadores da área. Nas ultimas décadas, o esporte que mais se popularizou foi o voleibol. Hoje o voleibol é o segundo esporte mais praticado no Brasil. As recentes conquistas das seleções brasileiras e o patrocínio de grandes empresas fizeram com que sua popularidade crescesse de maneira considerável na última década. Sua prática ocorre tanto na forma recreativa e de lazer, quanto profissional (BOJIKIAN, 1999). Essa popularização trouxe ao conhecimento do público, através da mídia esportiva, algumas especificidades do voleibol que apaixonam a quem gosta de esporte: Nele a atuação coletiva se sobrepõe à individual. Por não poder ser retida, a bola deve ser passada rapidamente para os companheiros, da melhor forma possível. Um bom passe facilita um bom levantamento, que por sua vez, se for de boa qualidade, favorecerá a uma boa cortada e assim sucessivamente. A ação de um praticante depende daquela feita pelo companheiro que o antecedeu, o que obriga sempre a um torcer pelo êxito do outro. Cada componente de uma equipe é dependente dos demais e isso traz um processo de socialização natural e obrigatório. Segundo MACHADO (1997),existem muitos motivos, responsáveis pelo bom desenvolvimento e desempenho na aquisição e manutenção de habilidades. Geralmente as atividades que requerem maior participação, com mais movimentos, concentram maior número de motivos dos envolvidos, fazendo com que tenham maior interesse e desafios, o que por si só já é estimulante e motivador.
Essas características singulares do voleibol, citadas por BOJIKIAN, (1999), são alguns dos fatores que podem motivar as crianças e adolescentes para a prática do voleibol. Entre eles pode-se acrescentar a família, o professor de educação física e o próprio treinador. Para LAWTHER (1973), faz parte das características dos adolescentes experimentar novos desafios para pôr em evidência suas potencialidades. Para isso, encontra-se nos clubes de iniciação desportiva ou escolinhas, através das competições, e treinamentos direcionados, que favoreça o progresso pessoal do atleta, o ambiente ideal para o desenvolvimento dessas características.